As empresas de locação emplacaram 37.216 novas motocicletas durante 2023, um crescimento de 28,3% sobre as compras de motos feitas pelo setor no ano anterior. Conforme a Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA), o total de motos nas locadoras chegou a 77.638 unidades, que representam um crescimento de 79,5% na comparação com 2022.
As estatísticas setoriais apuradas pela ABLA também mostraram que as locadoras foram responsáveis por absorver 2,3% de todas as motocicletas vendidas em 2023 no Brasil.
O presidente da associação, Marco Aurélio Nazaré, observa que o aluguel de motocicletas ganhou impulso principalmente no pós-pandemia, “na medida em que boa parte da população havia experimentado os serviços de delivery durante o isolamento e, desde então, se habitou a eles”.
Para Nazaré, uma das consequências disso foi o crescente interesse de mais pessoas em trabalhar com entregas, exatamente por meio do aluguel de motos. Em 2019, antes da pandemia, as locadoras tinham em suas frotas 8.093 motocicletas; no ano seguinte, o número subiu para 10.799; em 2021, para 16.303. “A partir de 2022, o ritmo do crescimento foi vertiginoso”, diz o presidente da ABLA. “Chegamos a 46.256 motos na frota e, agora, ao final do ano passado, às 77.638”.
O Censo ABLA também apurou que, em relação a frota total de motos (77.638 unidades) em nome das locadoras, 37.301 são da Mottu, seguida pela Honda, com 31.995. Completando o pódio das fabricantes mais presentes na frota de motos das locadoras estão a Yamaha (4.721), a Shineray (1.724) e a Origem (549).
As estatísticas apuradas pela ABLA têm como base as informações de frotas de veículos do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).